Prima conta o que aconteceu no enterro de Tide

Rafaela da Silva, prima de Tide, conta que durante o velório as amigas da eterna Cidadã Samba fizeram um show particular às portas fechadas para homenagear e se despedirem da amiga.


Além deste detalhe, muitas outras histórias são contadas no documentário por Rafaela, que viveu ao lado de Erotides desde a sua infância. A adolescência, os amigos, as festas, os tios ciumentos, e muito mais.


 

A entrevista foi realizada no Bar do Arantes, no Pântano do Sul. Um visual maravilhoso em um lugar onde Tide sempre estava fazendo festa com os amigos.

Gastos: R$ 10 (fita)
            R$ Gasolina (verificar)

Carnavalesco Calibrina e fotógrafo Édio Mello participam do documentário

Conversamos com duas figuras presentes no carnaval, na política, nas festas e bares da capital. O carnavalesco André Calibrina e o fotógrafo Édio Mello.

Havíamos marcado entrevista com Calibrina no Bar do Noel, ou Bar do Petit como ainda é chamado pelo público mais antigo. Porém encontramos por lá um senhor dos cabelos grisalhos e de papo muito gostoso chamado Édio Mello. O fotógrafo participou de muitas festas de carnaval e sempre teve contato com Nega Tide, além de ter trabalhado mais de dez anos no governo.

O fotógrafo ficou de procurar as fotos que ele tirou de Tide, mas disse que vai demorar um pouco pois o seu arquivo é muito grande e estão todas em negativo.

André Calibrina nos contou sobre as festas na casa de Nega Tide, contou como que ela fazia pra mandar o pessoal embora sendo super fina, falou que Tide era boa de porrada e não deixava passar uma piadinha de mal gosto...

Os dois farão parte do documentário, inclusive já foram feitas as imagens com eles.

O bar também vai aparecer no vídeo, sendo que o dono fez questão de mandar grafitá-lo todo por fora com pessoas destaques do carnaval, e é claro que Nega Tide também está lá.

Recomendamos que façam uma visita ao bar, além de muito acolhedor, é cheio de histórias, e até fotos.

Gasto: R$ 10 (fita)
          R$ Gasolina (verificar)

Jaqueline Aranha se emociona ao falar de Tide

Morena alta, pernas grossas, boca carnuda e o samba no pé.

A sucessora de Nega Tide, Jaqueline Aranha, nos concedeu um pouco de seu precioso tempo nesta quinta-feira, e nos deu uma entrevista. Claro que a morena não poderia ficar fora do documentário, afinal é ela quem tem que dar continuidade ao brilho da verdadeira Cidadã Samba.

Jaqueline nos contou detalhes sobre sua amizade com Tide. Contou também sobre o câncer que a levou. Durante a entrevista Jaqueline se emocionou ao falar da amiga. São depoimentos fortes e comoventes, que farão parte do documentário "ABSURDA: A História da Eterna Cidade Samba de Florianópolis", que logo logo será veiculado por toda Santa Catarina.

Gasto: R$ 20 (fita)
           R$ Gasolina (verificar)

Amigos de Nega Tide darão entrevista

Havíamos marcado uma entrevista às 14h com um rapaz que era muito amigo de Tide. Infelizmente ele não pode comparecer... Apenas temos o primeiro nome e um celular para contato, nada mais. Ele concordou em nos atender na semana que vem. Chegamos a ir até o lugar marcado. Esperamos, mas ele não apareceu. Ligamos e ele disse que não iria poder comparecer pois a sua vó havia ficado doente.

Porém não precisamos nos desesperar hehe. Já temos duas entrevistas marcadas para esta semana. Amanhã vamos gravar com a Jaqueline Aranha, a famosa Cidadã Samba sucessora de Tide. E na sexta vamos conversar com Geovana, amiga de anos da nossa protagonista.

Nega Tide nos dá força

Hoje apresentamos o relatório (parte escrita do trabalho) para a nossa orientadora metodológica. Ainda existem muitos erros nas regras da ABNT, e ainda não escrevemos o bastante. Duas vezes ao mês vizitamos a orientadora, e ela, com toda paciência do mundo, acrescenta e arruma detalhes que até então eram imperceptíveis para nossos olhos cansados. Ela nos passou o Manual de TCC para Jornalismo e a partir de hoje acho que vai ficar mais fácil. Ou menos difícil. Nele constam as regras que devem ser seguidas, tanto ABNT quanto às do próprio curso e instituição.

A orientação da matéria é fornecida por outros dois professores, que ajudam no documentário também, nos passando fontes, idéias e acreditamos que, o caminho para um final feliz.

Os três dizem estar contentes com o tema, o que nos motiva mais, e nos faz acreditar que tudo dará certo. Nos faz esquecer as dificuldades e pensar só nas coisas que estão dando certo. Claro que ninguém falou que seria fácil, mas o trabalho em vídeo não é tão simples como as pessoas imaginam. Precisamos da disponibilidade dos entrevistados, precisamos desenvolver o relatório, um roteiro, e o próprio documentário em vídeo (depois de coletar e editar as imagens).

O tempo parece não ajudar, e quando nos damos conta já estamos no final do mês de março. Lá de cima a Eterna, a Absurda, a Nega que conquistou desde o morro a alta sociedade, está vendo a nossa vontade de contar a sua história, e temos certeza que ela vai nos ajudar e iluminar estes passos.

Documentário ganha nome de peso: ABSURDA

ABSURDA: A História da Eterna Cidadã Samba de Florianópolis. Este foi o nome escolhido para o Documentário, e relatório também, que logo logo ficará disponível em bibliotecas e será veiculado nas emissoras de televisão do estado.

O palavra "absurda" diz muito sobre a personalidade de Erotides Helena da Silva, e este título vem de uma pessoa muito próxima a ela, que a amava acima de qualquer loucura que fizesse, que a idolatrava mais que qualquer fã, que a respeitava mais que qualquer amigo ou escola de samba. Este título foi lhe dado ainda em vida pelo seu único filho: André Visalli (30), que fez questão de tatuar de ombro a ombro a palvra usada por ele para descrevê-la.

Ninguém melhor que o filho, que até então vivia sob o mesmo teto que a sua "absuda" mãe, para ajudar, não só no documentário em si, mas também no nome que seria dado a ele.

Cada dia que passa ganhamos mais força e mais voluntários para a produção do vídeo, e também conhecemos mais um pouco da história desta mulher forte, decidida , que nunca quebrou ou saiu de um salto. Uma mulher como todas as outras? Não, a Tide era mais. Muito mais. Era absuda.

Cristiana Tramonte contará a importância de Nega Tide

Ontem havíamos conseguido marcar com a Cristina Tramonte, historiadora que contextualizará e explicará a importância de Nega Tide para o carnaval de Florianópolis, para entrevistá-la na sexta-feira desta semana. Porém na sexta será feriado de São José e a faculdade não estará aberta, assim o cinegrafista não trabalhará. Então ligamos hoje para ver se era possível trocar a data, então ficou para semana que vem, na quarta ou quinta-feira, ela ainda dará o "ok". Disse que nesta semana ia ficar complicado nos atender pois está tendo que ficar com o filho pois está sem babá e sem empregada.

Estamos ansiosíssimas. Está muito difícil de estabelecer contato com os entrevistados.

A Jaqueline Aranha não atendeu o telefone hoje. Quem sabe conseguimos falar com ela amanhã e já marcamos para essa semana.

Conseguimos com o André dois contatos, dois "tios" dele. Amigos de muito tempo de Tide. Mas, um celular não existe e o outro pediu para que retornássemos depois de uma hora, quando ligamos o celular estava desligado. Tentamos o dia todo...

Estamos com medo. Parece que tudo tá emperrado.

Continuamos digitalizando as fotos que conseguimos com André, e por enquanto é nosso maior tesouro. Por enquanto.

Gastos: Telefone (ver na conta no fim do mês).

Fotos antigas da Cidadã Samba

Hoje conseguimos digitalizar as melhores fotos que encontramos. Acredito que deve ter dado umas 60 fotos, pra mais. Ainda tem mais, mas pelo menos as melhores já estão guardadinhas no nosso computador.

Segue aí uma amostra:

Convesamos com a orientadora metodológica, e já iniciamos também o relatório do TCC. Com normas da ABNT e pesquisa. Porém o trabalho vai ficando mais interessante após a quinta ou sexta entrevista. Ainda não temos muito o que falar, além do que já sabíamos. Claro que o André nos mostrou uma outra Nega Tide, uma mais família, mais mãe. Uma mulher com amores, com rancores. Mais forte do que imaginávamos até. Mas ainda falta coisa. Não dá para parar agora e escrever. Temos que adiquirir mais conhecimento sobre esta mulher, que encantou e ainda encanta tanta gente.

Visita à casa de Nega Tide

Hoje foi maravilhoso. Ontem conseguimos falar com o André, que pediu mil desculpas pelo "bolo". Nos contou que teve que ficar com os filhos: Lucas (3), Amanda Helena e (3)Maria Clara (1). E acabou, na correria com as crianças, esquecendo e saindo com elas.

Chegamos lá e o som que vinha da casa já dizia: Esta é a casa de Nega Tide. Era samba, claro.

O André foi muito atencioso, e ficamos por lá umas três horas, que passaram voando. Ele nos contou tudo sobre o que sabia da mãe, nos mostrou a casa inteira, e o quarto foi o que mais nos impressionou (tudo intacto). As fantasias, bem guardadas, foram espostas sobre a cama para que nosso cinegrafista pudesse guardar a imagem. Sobre a mesa da cozinha, uma lista de compras...

Logo após a entrevista, aparece André com um saco cheio de fotos da mãe. Recortes de jornais antigos, certificados de Cidadã Samba e homenagens. Trouxemos tudo para casa. Ele nos confiou tudo.

Percebemos o quanto a mãe faz falta a ele, o quanto ela era importânte em sua vida. André ainda é um menino, e sente muita falta da companhia e afeto da mãe. A ligação dos dois era muito forte, e além de mãe e filho, eram amigos. Tide contava tudo a ele. Sempre foi muito aberta, e dizia que sua vida era um "livro aberto". E ele fazia o mesmo.

André quase chora. Se não fosse a Celina mudar de assunto...

O vídeo vai ficar incrível. Queremos deixá-lo como Nega Tide: ABSURDO! Como descreve André em uma tatuagem nas costas: ABSURDA!

Gastos: R$ 10 (gás); R$ 20 (fita).

Filho de Nega Tide é o primeiro passo

Nossa primeira entrevista tem que ser com André Luiz Franklin Visalli (30), o filho de Tide, uma vez que ele é quem pode nos passar nomes dos reais amigos de Nega Tide, e outra, só ele pode nos autorizar a falar da mãe. Contar detalhes e invadir o espaço da família, fazendo tão pouco tempo de sua morte.

Está sendo complicado falar com ele. O telefone ele atendeu, foi muito simpático, adorou a idéia do documentário, mas na primeira entrevista já nos deu um bolo daqueles. Tivemos que sair mais cedo do trabalho, marcar com o cinegrafista da faculdade e ir buscá-lo, pagar gasolina para ir até a casa do entrevistado, etc... Quando chegamos, retiramos todo o equipamento de filmagem e o chamamos. Mas ele não estava. O portão estava trancado e o celular ele não atendia. Chegamos a ir até onde ele trabalha, mas a recepcionista nos informou que ele estava de férias. Ela também tentou ligar de lá para ver se ele atendia, e nada.

Seguimos de volta à faculdade, mas não desistimos, continuamos ligando.

Gasto: R$ 10 (gás)

Frio na barriga.